sábado, 7 de dezembro de 2013

Cultura para todos

DAREDACAO___WEB
GLACY ANTUNES DE OLIVEIRA
OPINIÃO
Cultura para todos
A diretoria do Conselho Municipal de Cultura (CMC), estrutura de composição paritária que reúne membros da sociedade civil a outros escolhidos pela gestão pública, será eleita hoje na Conferência Municipal Extraordinária de Cultura. Uma das funções primordiais do Conselho é promover debates que resultarão em decisões na área da cultura e essa nova gestão estará à frente de um processo histórico: em função da inserção de Goiânia no Sistema Nacional de Cultura (SNC), teremos, nos próximos meses, os marcos legais do Sistema Municipal de Cultura, com a criação do Conselho Municipal de Políticas Culturais e do Plano Municipal de Cultura (para o período 2015-2025); a efetivação do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura e a criação do Sistema de Formação na Cultura.
Goiânia, que completou 80 anos no dia 24 de outubro, nasceu sob o signo da modernidade e do progresso, marcada pela vocação cultural, pois em seus primeiros tempos aqui foi promovido um evento sem igual, o Batismo Cultural da cidade, realizado há 71 anos, quando estavam presentes 1.633 visitantes nacionais e 140 estrangeiros testemunhando rica programação artística.
Hoje, passado, presente e futuro se cruzam nas ruas, praças, parques e espaços culturais de forma intermitente, às vezes de maneira quase compulsiva e múltipla, expressando as raízes de um Estado lavrado na terra e nos sonhos de uma juventude inquieta, ávida de futuro. Goiânia é terreno fértil para a criatividade e o conhecimento, teatro, dança, artesanato, folias de reis, capoeira, quadrilhas, artes visuais, grafite, poesia, literatura, cinema, vídeos, novas mídias, carnaval, gastronomia, música popular ou clássica; todas as expressões artísticas, todas as criações culturais e intelectuais de alguma maneira revelam olhares, reclamos ou delírios desta cidade.
Tamanha riqueza pode e deve sempre aumentar e, para tal, é fundamental que esses diferentes segmentos se organizem e coexistam, trabalhando em prol da cultura que, tanto quanto outras áreas produtivas da sociedade, carece de organização política para um diálogo com a gestão pública da área. O Conselho Municipal de Cultura é instrumento indispensável nessa tarefa de desenvolver uma administração democrática. Por isso é fundamental a participação, nesta Conferência Municipal Extraordinária de Cultura, da sociedade civil, por meio dos mais diversos segmentos da criação e produção artística, cultural e intelectual.
A política cultural deve ser uma ação do poder público ancorada em princípios e procedimentos administrativos e orçamentários. Destina-se à ação cultural e deve respeitar dois enfoques: a cultura para todos, que proporciona o acesso aos bens culturais e promove a democratização da cultura, e a cultura por todos, que possibilita ao cidadão participar da vida cultural do município.

Glacy Antunes de Oliveira é secretária de Cultura de Goiânia. Com:Marcelo Souza,
diretor de Políticas Culturais
1.438647

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

RELATÓRIO FINAL – GESTÃO 2012 - 2013

A Secult divulgou hoje, através do Diário Oficial do Município, os projetos aprovados em grau de recurso na Lei Municipal de Incentivo à cultura. Confira a lista em nosso site.






CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA
RELATÓRIO FINAL GESTÃO 2012 - 2013

O Conselho Municipal de Cultura - CMC, conforme diretriz legal foi nomeado pelo Prefeito de Goiânia, Senhor Paulo Garcia, por meio do Decreto N° 1183, de 09 de maio de 2012, que alterou o Decreto N° 413, de 08 de fevereiro de 2012.
O respectivo conselho assume suas funções em um período de significativa transição de gestão, da Secretaria Municipal de Cultura - SeCult, tendo como Presidente o Senhor Joaquim Thomaz Jayme, que é nomeado Secretário Municipal de Cultura. O período da respectiva gestão foi de 16 de março de 2012 a 31 de janeiro de 2013.
Em seguida a Presidência do Conselho Municipal de Cultura é assumida pela Senhora Galcy Antunes Oliveira, que é nomeada Secretária Municipal de Cultura, no dia 31 de janeiro de 2013.
O Conselho Municipal de Cultura em ambas as gestões tem como Vice- Presidente eleito, o Conselheiro Reginaldo Aires da Silva.
O Secretário do Conselho Municipal de Cultura, eleito em sua fase inicial, foi o Conselheiro Alex Gontijo.
                Na sequência, em substituição do respectivo Conselheiro, os membros do CMC elegem a Conselheira Eliane Luzia de Moura, para a função de Secretária.
O Conselho Municipal de Cultura tem como secretária administrativa a Senhora Carmem Lúcia Ferrugem Bonfim.
No período de dois anos, o Conselho Municipal de Cultura embasou seu trabalho em princípios éticos, democráticos e com significativo comprometimento com a cultura e a arte goianiense, por meio de ações concretas, conforme o detalhamento a seguir:

PLANILHA DE AÇÕES DO CMC  
(fevereiro de 2012 a dezembro de 2013)
AÇÕES
RESULTADOS
Alteração do cronograma de reuniões do CMC
Reuniões semanais – 3ª feira, das 14h-16h e reuniões extraordinárias para estudos, formulações de propostas e despachos.
Análise e estudos de legislações diversas vinculadas à cultura.
Proposta de reestruturação da Lei de Incentivo. Com elaboração de minuta – 2012.
Análise de Recursos – 2012 e 2013
Aplicação do valor restante da Lei de Incentivo,  em sua totalidade, nos processos em recurso.
Comunicação com a comunidade
Criação (2012) e manutenção semanal do Blog http://cmcdegoia.blogspot.com.br ,  com publicações das atas de reuniões do CMC e informes diversos.
Reuniões com Comissão Projetos Culturais - CPC
Maior integração e harmonização de propostas.
Propostas para melhoria de processos vinculados a Lei de Incentivo
Elaboração de minutas de: editais, decreto, normativas do FAC, Plano Municipal de Cultura e Sistema Municipal de Cultura. Em todos os casos devidamente encaminhados a SeCult para análise e parecer.
Conferências Estaduais
Participação em Conferências Estaduais -  2012 e 2013.
Conferência Nacional
Participação na Conferência Nacional – 2012
Eventos promovidos pela SeCult estadual
Participação nas pré-conferências setoriais – 2013
Criação do I Seminário de Políticas Culturais do Munícipio de Goiânia
Estruturação e operacionalização do I Seminário de Políticas Culturais do Munícipio de Goiânia – 2012
Eixo orientador: “Plano Municipal de Cultura e as Metas do Plano Municipal de Cultura para próxima década”.

Conferências Municipais
Estruturação e operacionalização de:
- 10ª Conferência Municipal de Políticas Culturais – 2012
Eixo orientador: “Proposta de Aprofundamento do Sistema Municipal de Cultura – SMC e Plano Municipal de Cultura de Goiânia”.

- 11ª Conferência Municipal de Políticas Culturais – 2013
Eixo orientador: “Uma Política de Estado para a Cultura: Desafios do Sistema Municipal de Cultura”

- Conferência Municipal Extraordinária de Políticas Culturais – 2013
Eixo orientador: “A construção do Conselho Municipal de Políticas Culturais – CMPC e sua importância estratégica para o SMC”.
Criação do Troféu Buritis
Reconhecimento de personalidades goianienses com a entrega de 80 troféus, no período de comemorações do Aniversário de Goiânia.
Os demais troféus serão entregues conforme o regulamento próprio.

O CMC buscou em sua gestão promover a participação democrática dos segmentos de cultura e arte viabilizando a difusão das diversas propostas culturais e artísticas na cidade de Goiânia.
Este conselho reconhece que mesmo diante das adversidades contribuiu com os segmentos de arte e cultura e, por reconhecer a relevância do trabalho em equipe é que agradecemos:
ao Maestro Joaquim Jayme pelo apoio em seu período de gestão da SeCult;
a Secretária Glacy Antunes pelo indiscutível comprometimento e profícuo trabalho;
ao Senhor Danillo Moraes, que esteve presente como Chefe de Gabinete, apoiando as ações do CMC em prol da arte e cultura goianiense;
aos membros da CPC pelo trabalho;
aos membros do Escritório Lei de Incentivo, pela parceria e apoio;
aos colaboradores da SeCULT pela grande contribuição em todas as ações do CMC;
aos representantes dos segmentos de arte e cultura da cidade de Goiânia pelo apoio, contribuições e confiança.
Finalizamos esta gestão sabedores que muito fizemos, mas muito ainda necessita ser feito e assim desejamos sucesso aos novos Conselheiros, que iniciarão sua trajetória em 2014.

Goiânia, 07 de dezembro de 2013



CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA – GESTÃO 2012-2013
Presidente
Glacy Antunes de Oliveira


Vice- Presidente
Reginaldo Aires da Silva



Secretária da Sessão
Eliane Luzia de Moura



Conselheiros presentes
Antônio Delgado Filho


Alex Gomes Gontijo


Adalto Bento Leal


Edival Lourenço de Oliveira


Eudaldo Guimarães


Ketty Leite de Moraes


Gabriel Nascente


Marley de Abreu Freitas


Mariley Carneiro


Marília Guimarães R. de Castro


Nelson Silva Santos


Reidner Divino de Souza





RESULTADO DA PLENÁRIA FINAL DA III CNC

RESULTADO DA PLENÁRIA FINAL DA III CNC

DE EIXO 1 - IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA 
PROPOSTAS PRIORIZADAS: 
1ª) Proposta 1.11. 
Que o Congresso Nacional aprove com urgência a PEC 150, realizando ações efetivas, tanto 
pelo poder público, quanto pela sociedade civil, como: a) audiências públicas e campanhas 
de mobilização e sensibilização; b) mobilização, através dos Conselhos Estaduais, Gestores 
Públicos e as bancadas estaduais no Congresso Nacional; e c) realização do Encontro 
Nacional entre Gestores (Governadores e Secretários) e representantes do Conselho 
Nacional e Estaduais de Cultura, e Colegiados Setoriais e Representantes da Sociedade Civil. 
2ª) Proposta 1.26. 
Garantir que pelo menos 10% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à 
Cultura 
3ª) Proposta 1.1. 
Aprovar com urgência no Congresso Nacional Projeto de Lei Complementar (PLC) 383/2013 
de regulamentação do SNC, na forma de um substitutivo, com o texto do projeto 
encaminhado pelo MINC à Casa Civil em 19/12/2012, resultado de um intenso e profundo 
trabalho técnico e político com a participação dos três entes federados e da sociedade civil, 
e apoiar a implantação e o pleno funcionamento dos seus componentes, em todos os níveis 
da Federação, considerando as seguintes questões: a) comissões ou grupos de trabalho 
formados por sociedade civil e poder público para monitorar e auxiliar nessa implantação e 
difundir suas informações; b) qualificação do acompanhamento do Ministério da Cultura 
(MinC) a esse processo; c) oferecimento, por parte do MinC, de suporte técnico e financeiro 
aos Estados e Municípios; d) o repasse de recursos do Fundo Nacional de Cultura para os 
fundos estaduais, distrital e municipais, mediante o cumprimento das exigências previstas 
no Projeto de Lei Complementar do Sistema Nacional de Cultura; e) criar, garantir e 
implantar o sistema setorial das culturas Indígenas. 
4ª) Proposta 1.14. 
Criar, desenvolver, fortalecer e ampliar as estratégias para a formação e capacitação em 
gestão cultural de forma permanente e continuada, envolvendo gestores e servidores 
públicos (nos níveis federativos: união, estados, distrito e municípios) e privados, 
conselheiros de cultura, artistas, produtores, agentes culturais, povos indígenas, 
quilombolas, comunidades tradicionais e demais integrantes da sociedade civil dos diversos 
segmentos por meio: a) da diversificação dos formatos e modelos de formação, contemplando a educação a distancia EAD, presencial, semi-presencial, continuada, 
Programa Nacional de Formação de Gestores Culturais Públicos e Sociedade Civil,cursos de 
curto, médio e longo prazo, de nível técnico e superior, extensão, graduação, pós-graduação 
strictu sensu e lato sensu, palestras, seminários, fóruns e treinamento, além da produção e 
disponibilização de material didático; b) da criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais e 
de qualificação profissional para os campos da política e da gestão cultural e da garantia de 
atendimento e adequação das linhas formativas segundo, as especificidades regionais, a 
demanda de cada segmento cultural frente à diversidade, pluralidade e singularidades do 
universo da cultura; c) da garantia à acessibilidade (artigo 9ª. do decreto no. 6949, de 25 de 
agosto de 2009) através da utilização de metodologias e materiais didáticos específicos, tais 
como: publicações em Braille, formatos abertos para leitores de tela, presença de 
interpretes para as diversas linguagens e códigos, tecnologias e adequações de 
infraestrutura. 
5ª) Proposta 1.25. 
Fortalecer o Fundo Nacional de Cultura, como principal mecanismo de financiamento 
público da cultura, garantindo por meio de: a) garantia de paridade com os recursos de 
renúncia fiscal, b) efetivação do compartilhamento entre fundos públicos de cultura, c) 
criação de mecanismos internos ao FNC, que estabeleçam apoio financeiro para a produção, 
mediação e distribuição de produções artístico-culturais, ouvido o Conselho Nacional de 
Política Cultural. 

DEMAIS PROPOSTAS APROVADAS: 
Proposta 1.2. 
Aprovar e regulamentar o PL 757/2011 (Cultura Viva), contemplando estratégias de 
vinculação e fortalecimento entre o Cultura Viva, Planos Nacional, Estaduais e Municipais de 
Cultura, e Sistemas Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura considerando o Programa 
Cultura Viva como política de base comunitária do SNC (incluindo Conselhos, Setoriais, 
Fundos, e demais elementos constitutivos do Sistema) para garantir os direitos à cultura dos 
cidadãos, assegurados pelos artigos 215 e 216 e 216-A da Constituição Federal. 
Proposta 1.7. 
Formular Marco Legal que articule os princípios e as diretrizes de legislação específica para a 
Cultura e a Arte em substituição as Leis 4.320/64 e 8.666/93 e normas correlatas, a fim de 
prever meios alternativos de comprovação das despesas públicas com as capacidades 
técnicas e operacionais dos agentes culturais destinatários das ações e dos programas dos 
órgãos públicos gestores de Cultura. 

Proposta 1.8. Aprovar a Cultura como Direito Social na Constituição Federal (PEC 49/2007 e PEC 
236/2008). 
Proposta 1.10. 
Criar Superintendências do Ministério da Cultura em todos os estados da Federação 
transformando as Representações Regionais existentes em Superintendências para 
atendimento e assessoria aos Estados e Municípios na implantação dos seus Sistemas 
Estaduais e Municipais de Cultura, através de cursos, oficinas, palestras e outras atividades, 
assegurando dotação orçamentaria para execução dessas atividades. 
Proposta 1.15. 
Qualificar a administração pública para fortalecer o Sistema Nacional de Cultura, no que 
tange ao seu quadro técnico e profissional, nos âmbitos nacional, estaduais e municipais, por 
meio: a) da garantia de que os cargos da gestão pública de cultura sejam exercidos, 
prioritariamente, por profissionais formados ou com atuação na área cultural, artística e de 
patrimônio; b) da realização de concursos públicos para a seleção de profissionais 
especializados na área, exigindo saberes específicos provenientes dos diversos contextos 
regionais e locais. c) da qualificação continuada e capacitação. d) da criação de cargos 
públicos a serem preenchidos e lotados por servidores aprovados em concursos públicos, 
com perfil e formação pertinentes às demandas específicas e locais, para a área da cultura 
nas esferas municipal, distrital, estadual e federal. e) Da criação, da implantação e 
reformulação dos planos de carreira dos servidores do setor cultural. f) da garantia de 
quadro técnico efetivo nos órgãos e equipamentos culturais públicos; g) Adequar o número 
de servidores à demanda local. 
Proposta 1.17. 
Criar e implementar planos setoriais de cultura, nos estados, distritos e municípios 
instituídos no âmbito dos Conselhos Estaduais de seus respectivos conselhos de Políticas 
Culturais, a fim de fortalecer as especificidades locais. 
Proposta 1.24. 
Fortalecer e operacionalizar os sistemas de financiamento público garantindo: a) editais para 
projetos culturais com requisitos pré-estabelecidos, critérios de pontuação e valores 
aprovados pelos conselhos de cultura observando-se IDH e SNIIC, com desoneração fiscal do 
contemplado no edital; b) critérios de prioridade para atividades que gerem fortalecimento 
da diversidade cultural; c) priorização de recursos e linhas especiais para povos e 
comunidades tradicionais, culturas de matriz africana e indígenas, e para culturas populares; 
d) ações de promoção do desenvolvimento cultural em todo o território nacional; e) criação, 

implementação e/ou modernização de centros culturais, secretarias, CEUs, bibliotecas, 
arquivos, museus, e aquisição de equipamentos e mobiliários, restauro e revitalização; f) 
critério de prioridade para setores culturais ligados à economia criativa e Arranjos Produtivos Locais; g) fomento e financiamento a projetos de acessibilidade cultural, de 
grupos, organizações e/ou artistas com deficiência; h) critérios de territorialidade regional na 
distribuição de recursos. 
Proposta 1.27. 
Criar fundos setoriais para os segmentos contemplados pelo Conselho Nacional de Política 
Cultural: artes visuais; artesanato; circo; culturas afro-brasileiras; arquivos; arquitetura e 
urbanismo; arte digital; culturas populares; cultura indígena; dança; design; livro, leitura e 
literatura; música; moda; patrimônio imaterial; patrimônio material; teatro; museus e 
demais segmentos reconhecidos pelas respectivas comunidades, com ênfase em: a) 
Produção de bens, equipamentos e manifestações culturais; b) Preservação, manutenção, 
salvaguarda, pesquisa, conservação e restauro do patrimônio cultural material e imaterial, 
inclusive com recursos oriundos de multas incidentes sobre impactos ao patrimônio 
histórico e cultural; e c) Desenvolvimento da economia criativa; d) Reafirmar a deliberação 
do Custo Amazônico dentro dos programas, projetos, ações e editais do MINC, com a 
descentralização, levando em consideração as especificidades regionais. 
Proposta 1.30. 
Aprovar e regulamentar o Projeto de Lei 1.139/2007 - Procultura, implementando, até o final 
de 2014, o repasse fundo a fundo entre a União, o Distrito Federal, os estados e os 
municípios, em conformidade com as determinações do Sistema Nacional de Cultura, 
assegurando o critério de territorialidade regional na distribuição de recursos, 
estabelecendo marcos mínimos obrigatórios de apoios nos estados. 
Proposta 1.34. 
Estabelecer obrigatoriedade de elaboração de diagnóstico, zoneamento, mapeamento e 
inventário cultural nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, no âmbito do SNC para 
constituição de banco de dados, alimentado regularmente, que inclua todos os segmentos 
culturais, por meio de levantamento histórico das manifestações culturais e necessidades da 
comunidade, de forma a fortalecer e divulgar os eventos populares no território nacional, 
valorizar a diversidade, reforçar as manifestações culturais, conhecer os vários grupos 
tradicionais, mestres, saberes, artistas, coletivos culturais, festas tradicionais, iniciativas de 
inclusão cultural e os patrimônios culturais de cada região, produzindo um catálogo cultural 
nacional, com acesso gratuito ao público em geral e possibilitar a implantação e o 
desenvolvimento de programas, projetos e planos setoriais e territoriais de cultura. 
Proposta 1.43. 
Utilizar os dados do SNIIC para criar indicadores culturais capazes de contribuir com a 
variável de educação no IDH, considerando fundamental definir a Cultura como a prioridade 
da política de desenvolvimento econômico e social, para tanto deve ser tratada como um direito essencial à vida, ser um dos fatores determinantes do IDH e ter gestão participativa 
com a colaboração direta e predominante da sociedade civil. 
 
EIXO 2 – PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL 
PROPOSTAS PRIORIZADAS: 
1ª) Proposta 2.11. 
Investir na educação continuada formal, no âmbito do ensino técnico e superior 
(tecnológico, bacharelado e licenciatura), públicos, incluindo a criação de cursos nas 
Instituições de Ensino Superior e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, em 
linguagens artísticas, criativas e saberes culturais, e educação não formal, contemplando as 
áreas artísticas, criativas e culturais em amplos aspectos, abrangendo as manifestações 
locais, contemporâneas e de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais (Conforme 
decreto presidencial nº. 6.040, 07/02/2007), de forma descentralizada e com acessibilidade 
comunicacional, intelectual e de mobilidade, com intuito de garantir: a) formação 
continuada de arte educadores nas diversas áreas do conhecimento artístico/cultural, para 
mediar, desenvolver e conduzir conteúdos e disciplinas artísticas, trabalhando a arte como 
uma área de conhecimento; b) investimento em instituições comunitárias, estaduais e 
federais de ensino superior tecnológico para o aumento de oferta e interiorização de cursos 
de graduação, extensão e pós-graduação nas áreas da arte/cultura, bem como criar e 
fomentar escolas livres e pesquisas, através das agências estaduais de fomento, de pesquisa 
e extensão, do CNPq e das pesquisas cujo o objeto seja a cultura; c) incentivo a criação de 
cursos livres em gestão cultural para gestores, produtores, artistas e sociedade em geral; d) 
criar via Ministério da Cultura de uma plataforma online de recursos educacionais abertos, 
bem como produzir materiais didáticos editados com conteúdos referentes às culturas dos 
povos e comunidades tradicionais contemplando também as distintas linguagens artísticas 
contemporâneas; e) reconhecer as práticas culturais como formadoras de subjetividades e 
coletividades, valorizando os conhecimentos dos povos tradicionais, bem como das 
manifestações artísticas/culturais contemporâneas, favorecendo o intercâmbio entre o 
ensino formal e não formal; f) Fomentar a formação de agentes culturais via bolsas de 
estudo, pesquisas e residências culturais, bem como ampliar, equiparar com as outras áreas 
do conhecimento e garantir a participação do campo da cultura no âmbito do programa 
“Ciências sem Fronteiras” e a criação do Programa Artes sem fronteiras;. 
2ª) Proposta 2.40. 
Implementar efetivamente o Sistema Nacional do Patrimônio Cultural, enfatizando a 
formulação e implantação de uma política compartilhada de preservação e valorização das 
múltiplas expressões do patrimônio cultural, contendo: a) Normatização dos procedimentos 
e da utilização dos instrumentos de preservação; b) Linhas de financiamentos, fundos, 
incentivos fiscais e editais para ações de identificação e preservação dos bens culturais materiais e imateriais; c) Leis de preservação do patrimônio cultural material e imaterial 
federal, estaduais e municipais aprovadas, implementadas e integradas entre si; d) Efetiva 
gestão compartilhada entre o governo federal, os estados e os municípios para a 
preservação do patrimônio cultural; e) Implementação dos Conselhos Estaduais e Municipais 
de Preservação do Patrimônio Cultural; f) Capacitação continuada dos agentes envolvidos 
nas ações e projetos desta preservação; g) Ampliação dos editais, prêmios e recursos 
orçamentários para a área, garantindo o amplo acesso à divulgação e a simplificação dos 
procedimentos (inscrição, gestão e prestação de contas), com ênfase no Programa Nacional 
do Patrimônio Imaterial e nos editais para os mestres da cultura popular e tradicional; h) 
Implementação e fortalecimento de Programa de Educação para o Patrimônio com ênfase 
na formação de professores e estudantes do ensino básico e superior incluindo esse tema 
transversalmente nos currículos oficiais e enfatizando os saberes dos povos indígenas, 
comunidades quilombolas, povos e comunidades tradicionais e culturas populares, 
contemplando, também, os conteúdos da Lei 10639/03. 
3ª) Proposta 2.30. 
Aprovar o Marco Regulatório das Comunicações no Brasil, o Marco Civil da Internet 
(garantindo a neutralidade da rede como regra), a Lei da Mídia Democrática, e modificar a 
Lei 9.612/98, garantindo o respeito aos Direitos Humanos, à diversidade e à participação 
social nos processos de revisão desses Marcos Regulatórios, considerando o disposto no 
Estatuto da Igualdade Racial, com regulamentação imediata dos artigos relativos à 
comunicação aprovados na Constituição de 1988. Incluir mais canais de rádio e TVs públicas, 
comunitárias, educativas, universitárias, culturais e de cidadania, no espectro 
eletromagnético e digital do Brasil, disponibilizando recursos públicos para viabilizar a 
sustentabilidade dessas emissoras, assim como para aquisição e renovação de infraestrutura 
tecnológica. No caso das rádios comunitárias, promover o aumento de seu alcance, 
potência, altura de antena e canais, e que seja disponibilizado recursos públicos para 
viabilizar a sustentabilidade dessas emissoras. Ampliar o diálogo e protagonismo do 
Ministério da Cultura dentro deste processo decisório. 
4ª) Proposta 2.14. 
Garantir a implementação, ampliação, desenvolvimento, consolidação, avaliação e gestão, 
de forma compartilhada, do “Programa Mais Cultura nas Escolas” e torná-lo uma política 
pública de Estado, ampliando as ações do programa para além do “Mais Educação” (a fim de 
atender as unidades escolares com diferentes avaliações do IDEB e em distintos territórios), 
bem como garantir a promoção de experiências educacionais inovadoras e a remuneração 
dos educadores de acordo com o exercício de suas funções, buscando a implementação do 
programa em 100% das escolas públicas, inclusive as de educação integral, contando para 
tanto, com o fortalecimento da articulação entre os entes federados, a melhoria e 
adequação da estrutura física das instituições escolares e a capacitação da comunidade 
escolar. 5ª) Proposta 2.26. 
Criar e garantir editais específicos para ampliar e democratizar a infraestrutura tecnológica, 
bem como fomentar a criação e circulação de conteúdos independentes (sites, rádios, mídia 
impressa, audiovisual, telecentros, televisões, mídias públicas e comunitárias, laboratórios 
em rede, núcleos de arte, tecnologia e inovação, museus, internet e SMS), sempre 
adequados aos princípios de acessibilidade de cada meio/mídia. Garantir também 20% da 
verba publicitária para mídias impressas, rádio e TVs comunitárias, universitárias, 
educativas, promovendo a sustentabilidade das mesmas, potencializando a difusão da Arte, 
Inovação e Cultura Digital por meio do uso de software e hardware livres, de banda larga 
aberta/gratuita e da internet sem fio, nas cidades, comunidades, espaços públicos, 
organizações e instituições culturais de todo o país, priorizando os Estados com o maior 
déficit de acesso às redes de informação. 
DEMAIS PROPOSTAS APROVADAS: 
Proposta 2.1. 
Ampliar a política de editais, de forma diversificada e democrática, com aumento dos 
recursos, estabelecendo linhas de financiamento, que contemplem todos os setores 
artísticos e criativos em suas diferentes linguagens, garantindo sua produção, circulação eintercâmbio, bem como a desburocratização dos processos de inscrição, seleção, repasse de 
recursos e prestação de contas, por parte do Ministério da Cultura e demais órgãos a ele 
vinculados, como também demais órgãos das esferas municipal, estadual e federal, dando 
maior acesso aos municípios de pequeno porte e destinando 20% dos recursos do Fundo 
Nacional de Cultura especificamente para a circulação. 
Proposta 2.2. 
Oferecer mecanismos, como editais, que ampliem a participação dos museus, bibliotecas e 
arquivos na política de incentivos fiscais à cultura, promovida pelas esferas federal, estadual 
e municipal de cultura, garantindo: a) o atendimento da complexidade envolvida no 
gerenciamento das entidades museológicas, biblioteconômicas e arquivísticas; b) o acesso 
permanente e a segurança dos acervos constituídos com investimentos provenientes de 
recursos públicos. 
Proposta 2.3. 
Ampliar os incentivos financeiros, de forma a estimular, apoiar e promover os grupos 
artísticos e culturais da sociedade civil e órgãos governamentais por meio de editais ou 
outras formas, para promoção de intercâmbio cultural, circulação de bens culturais, feiras, 
exposições, acervos, museus, arquivos, bibliotecas, festivais, cursos de capacitação e 
extensão, oficinas, residência artística, construção de espaços culturais e laboratórios de 
artes, tecnologia e inovação, respeitando critério de territorialidade regional dentro dos 
estados e contemplando: a) ações de preservação da cultura local, estimulando a circulaçãode bens e serviços culturais que incluam todos os segmentos e linguagens culturais, 
preferencialmente em espaços públicos da periferia, e das zonas rurais (assentamentos, 
territórios indígenas, quilombolas, ciganos e de comunidades tradicionais conforme decreto 
nº 6.040 de 07/02/2007); b) abertura anual de edital para a realização de projetos de 
intercâmbio cultural intermunicipal, interestadual e internacional, possibilitando a troca de 
conhecimentos e qualificação de profissionais da área; c) viabilização de passagens e bolsas 
para as atividades. 
Proposta 2.4. 
Promover políticas públicas para produção de bens simbólicos por meio de: a) programas e 
projetos específicos para todos os setores e segmentos artísticos e culturais, com vistas a 
incentivar e fomentar a produção de bens simbólicos e os fazeres e saberes da cultura; b) 
promoção e o respeito à diversidade e ao diálogo intercultural; c) preservação das memórias 
e patrimônios culturais; d) garantia de descentralização de recursos nas diversas regiões do 
país com atenção dirigida às singularidades culturais e necessidades específicas de povos e 
comunidades tradicionais; e) critérios de gênero e de orientação sexual, de pessoas com 
deficiências e de imigrantes e povos latino-americanos, africanos, europeus e asiáticos; f) 
respeito às prerrogativas constitucionais de acessibilidade das pessoas com deficiência, dos 
idosos e dos jovens em situação de vulnerabilidade social. 
Proposta 2.5. 
Criar políticas culturais regionais, bem como os investimentos, levando em conta os custos 
de todas as regiões brasileiras, com ênfase na região amazônica, a acessibilidade e a fruição; 
viabilizar a realização de parcerias entre municípios, povos e comunidades tradicionais; 
incentivar trocas de experiências, informações e registros culturais tradicionais como: rituais 
indígenas, festas, cultura de raiz, jogos, feiras, festivais, fóruns, conferências, exposições, 
gastronomia etc., por meio de intercâmbios culturais e artísticos; valorizar a sustentabilidade 
e a preservação do meio ambiente; e garantir investimentos dos Ministérios da Cultura e da 
Educação em programas e projetos de criação, produção, circulação, difusão e qualificação 
dos gestores, produtores e fazedores culturais da região Amazônica.